Hachiko







A cada ano, numa solene cerimônia na estação de trens de Shibuya, Tóquio, centenas de aficionados por cães prestam homenagem à lealdade e devoção de um cão akita, chamado Hachiko.

Fiel amigo do Dr. Eisaburo Ueno, um professor da Universidade de Tóquio, Hachiko tinha o hábito diário de acompanhar seu mestre até a estação de trens para vê-lo partir. Toda tarde Hachiko retornava à estação para receber seu mestre.

No dia 21 de maio de 1925, Hachiko, que tinha tinha apenas um ano e meio, estava na estação como de costume esperando seu dono chegar no trem das 16 horas. Porém, naquele dia o Professor Ueno não voltou, porque tinha sorfrido um derrame fatal na Universidade.

Após a morte do Professor, seus parentes e amigos passaram a cuidar do cão, mas Hachiko continuava indo todos os dias à estação de Shibuya para esperar seu dono voltar do trabalho. Nada nem ninguém conseguiu desencorajar Hachiko de manter sua vigília noturna. Muitos anos se passaram e mesmo com dificuldades para andar em decorrência de problemas de saúde, Hachiko mantinha sua rotina diária à estação. Sua vigília durou até o dia 7 de Março de 1934, quando já com 11 anos e 4 meses foi encontrado morto no mesmo lugar onde esperou pelo seu dono por tantos anos.

A fidelidade de Hachiko ficou conhecida por todo Japão. Após sua morte, reportagens em jornais levaram à construção de uma estátua na estação. Contribuições dos Estados Unidos e outros países foram recebidas. Hoje a estátua de "Hachiko, o Akita", presta uma silenciosa homenagem à fidelidade e lealdade desta raça.

A memória de Hachiko foi imortalizada em uma pequena estátua de bronze colocada na estação de Shibuya, local onde ele morreu.

Durante a 2ª Guerra Mundial, todas as estátuas foram confiscadas e derretidas, incluindo a de Hachiko (Hachi-Ko). Em 1948 o filho do escultor da estátua original foi contratado para criar uma réplica dessa estátua, que foi colocada no mesmo lugar da anterior e atualmente, todos que passam pela estação de Shibuya em Tokyo podem ver a imponente estátua de Hachiko, eternizando uma das maiores paixões de um cão por seu dono e atestando a incrível lealdade da raça.