Companhia Paulista de Estradas de Ferro




Navarro de Andrade



Edmundo Navarro de Andrade
2/01/1881 - 1º/12/1941


EDMUNDO NAVARRO DE ANDRADE nasceu na capital do Estado de São Paulo, aos 2 de janeiro de 1881, na Rua do Chá, hoje Barão de Itapetininga, sendo seus pais o jornalista e teatrólogo João de Campos Navarro de Andrade e Dona Cristina de Afonseca Navarro de Andrade.

Seus padrinhos de batismo foram Dona Veridiana Prado, por quem tinha o afilhado grande veneração, e o filho desta, o célebre autor da "Ilusão Americana", Eduardo Prado.

Navarro, com o apoio do padrinho, rumou, em 1896, para Coimbra, matriculando-se na Escola Nacional de Agricultura, onde o curso era de 6 anos.

Durante estes anos de estudo, por ocasião das "férias grandes", veio ao Brasil duas vezes, em 1899 e 1902, e numa delas passou todo o tempo na Fazenda Campo Alto, em Araras, então propriedade de sua madrinha. Já ali, pondo em prática os seus conhecimentos sobre arboricultura, podou todas as árvores frutíferas da fazenda, o que infundiu no respectivo administrador dúvidas sobre a sua ciência e receio de que ele estragasse algumas plantas. Dona Veridiana, contudo, sossegou-o, dizendo-lhe que o afilhado tinha carta branca para o nobre exercício da profissão que abraçara, mas, narrando o incidente, acrescentou a ele: NAVARRO :"Não vá pensar que com isto acredito na sua ciência; eu desejo apenas arranjar-lhe distrações para tê-lo aqui a meu lado. E, depois, aquelas pereiras e macieiras não dão nada que preste.

Edmundo Navarro de Andrade em fotografia enviada ao irmão, datada de 23/01/1900

Em 1901, sofreu Navarro tremendo golpe ao saber do falecimento de Eduardo Prado, passando, desde então, a custear-lhe as despesas com os estudos a sua madrinha, Dona Veridiana.

Regressando ao Brasil em 1903, já diplomado, dirige-se a São Paulo e vai residir na casa da Rua Visconde do Rio Branco, em que residira e falecera Eduardo Prado. Mas é na chácara de sua madrinha, e em sua companhia, que fazia as refeições.

Dona Veridiana era de notória severidade e rigor às vezes excessivo, em punição de faltas aparentemente leves, e em matéria de moralidade sua intransigência ia ao exagero, assim como era inclemente com os jogadores. Esta convivência com a grande dama paulista exerceu notável influência na formação do caráter do novel agrônomo.

Certa manhã, Navarro é surpreendido com uma carta da sua madrinha, na qual ela lhe pedia fosse jantar fora. Obedeceu, confuso. No dia seguinte, porém, veio a explicação: iroia lá jantar o Conselheiro Antonio Prado, ao tempo, Prefeito de São Paulo e Presidente da Companhia Paulista.

Entretanto , ao regressar à casa, encontrou sobre a mesa um cartão do Conselheiro. Era um convite para que ele o procurasse na chácara Carvalho, de sua propriedade. Foi então que teve o primeiro contato com o grande brasileiro, a quem "iria dever a maior parte do êxito da minha carreira e que, durante 25 anos, me honrou com afeto verdadeiramente paternal". Desejava o Conselheiro conhecê-lo e falar-lhe, dizer-lhe que a Companhai Paulista deliberava tomar medidas que estimulassem a cultura florestal no Estado, mormente ao longo ddas suas linhas férreas; que tal idéia, fruto de longa e acurada meditação sua, fora consubstanciada em projeto apresentado à sua diretoria, havia poucos dias, por Adolfo Pinto e que, para melhor conhecer o plano em todos os seus detalhes, deveria ele procurar seu co-autor.

E a 30 de dezembro de 1903, recebeu a seguinte carta, assinada pelo Conselheiro Antonio Prado:
"São Paulo, 30 de dezembro de 1903. Ilmo. Sr. Engenheiro Edmundo Navarro e Andrade. Comunico a V.Sa., para os devidos fins, que o tenho nomeado para exercer o cargo de Diretor do Horto Florestal que esta Companhia trata de estabelecer próximo à Jundiaí, com o vencimento mensal de 400 mil réis. Aceite V.Sa. meus protestos de consideração e estima".

E foi assim que, não contando ainda com 23 anos de idade, ao assumir a direção do Horto Florestal da Companhia Paulista, Navarro ingressou na vida prática agronômica.

Seus trabalhos foram inciados em 1904, com a instalação do Horto de Jundiaí, em terras já adquiridas pela Companhia, a 8 quilometros daquela cidade. Navarro plantou ali, além dos eucaliptos, muitas das nossas essências indígenas, tais como a peroba, o jacarandá, o jequitibá, , o cedro, a cabreúva, a canela, o pinheiro do Paraná, o carvalho portugês, a casuarina, a tristânia, agrvílea, etc., ao todo 95 espécies, para que desse cotejo fosse indicada a mais interessante, economicamente, para o reflorestamento almejado, de vez que não tinha ele, naquela época, nenhuma idéia preconcebida a favor ou contra o eucalipto.

Deste cotejo, se destacaram de tal modo os eucaliptos que já em 1906, tendo a Paulista adquirido uma outra gleba de terras em Boa Vista, nas proximidades de Campinas, foram ali, também, plantados eucaliptos de várias espécies.

Enquanto estudava o assunto de reflorestamento, incansável, tenaz, dinâmico como sempre fora em toda a vida, Navarro, instado pelo seu ex-professor de silvicultura, Cardoso de Menezes, aceitou a incumbência que lhe dava o governo português de completar o trabalho que o eminente Patriarca da nossa independência, José Bonifácio, havia apresentado, em 1813, à Academia de Ciências de Lisboa, sobre o meio de combate às dunas.

Assim, foi publicado, em 1904, seu primeiro trabalho em livro, "Dunas", que serviu igualmente para a sua tese de doutoramento. Pela excelência deste trabalho, o governo português houve por bem agraciá-lo com a Comenda da Ordem de Cristo, a qual lhe foi entregue pessoalmente pelo então Rei de Portugal.

Armando e Edmundo Navarro de Andrade em fotografia datada de 23/08/1907

Publicou, em 1909, o seu primeiro livro sobre a "Cultura do Eucalipto", no qual transmite todas as observações e estudos feitos relativamente ao seu cultivo.

Em 1910, Navarro empreendeu uma viagem que durou 7 meses, estudando nos Estados Unidos e em vários países da Europa tudo que neles havia com relação aos serviços florestais.

De volta, publicou, nesse mesmo ano,"A cultura do Eucalipto nos Estados Unidos", e, no ano seguinte, o "Manual do Plantador de Eucaliptos".

Já a esse tempo havia a Companhia Paulista resovido transformar o serviço num departamento autônomo, sob a denominação de "Serviço florestal". Foram compradas mais terras em Loreto, proximidades de Araras, onde também foi instalado um Horto.

Em 1912, duas outras obras apareceram, de sua autoria: "A utilidade das Florestas" e a "Dinamite na Agricultura".

Outra grande viagem empreende Navarro, em 1913, esta em comissão do Governo do Estado de São Paulo, visitando o Egito, a Índia, Ceilão, a Malásia, Sumatra, Java, Nova Guné, Austrália, além de diversos países da Europa.

Em Sidney, conheceu o Diretor do Jardim Botânico e ao mesmo tempo o maior eucaliptólogo e eucaliptógrafo do mundo, J. H. Maiden, sucessor e revisor da obra do célebre alemão, Barão Von Müller.

Maiden interessou-se vivamente pelo jovem silvicultor, e, a fim de garantir o êxito dos seus estudos na Austrália, pôs à sua disposição o Chefe do Serviço Florestal da Nova Gales do Sul, em cuja companhia Navarro, durante três meses, percorreu as regiões daquele Estado e também Vitória e a Queenslândia, correspondentes, mais ou menos, às latitudes do Brasil, o que contribuiu para largar consideravelmente os seus conhecimentos eucaliptológicos.

Às vésperas do seu regresso, Navarro foi obsequiado por Maiden com um precioso herbário, que se encontra no Horto Florestal de Rio Claro e, ainda, com sementes de 150 espécies diferentes da maravilhosa essência australiana, que deveriam servir para futuras pesquisas no Brasil. Nem todas elas se deram bem aqui mas, atualmente, muitas podem ser encontradas no Horto de Rio Claro.

"Cultura do Café nas Índias Neerlandesas", fruto também de seus estudos nessa viagem, é publicado em 1914, e, logo, a seguir, em 1915, sai a lume outro trabalho seu, "Questões Florestais".

Em 1915, foi instalado outro horto em terras adquiridas pela Companhia, em Tatu, próximo à cidade de Limeira.

Prosseguindo sempre nos seus estudos, Navarro publicou outro livro, em 1916, "Les Bois Indigènes", em colaboração com Octávio Vecchi.

Edmundo Navarro de Andrade e Otávio Vecchi, em Rio Claro - 1921

Em 1917, instala outro horto, em Camaquan, nas proximidades de Rio Claro e vai assim aumentando sem cessar os eucaliptais da Paulista.

Mas, de ve em quando, o incansável lutador interrompia os seus trabalhos, viajando pelo mundo afora, e, em 1918, enquanto ultima a publicação do seu "Os Eucaliptos - sua cultura e exploração", estabelece mais dois hortos, em Sumaré e Cordeirópolis, vai arrumando as malas para uma viagem ao estrangeiro, visitando novamente os Estados Unidos, e percorrendo Cuba, Hawai, Japão, Malásia, Ceilão, Índia, Java e Africa do Sul.

Mais dois trabalhos são publicados, de autoria de Navarro, em 1920: "À volta do Mundo", no qual ele descreve impressões da viagem ao estrangeiro, feita em 1918, e "Instruções para a Cultura da Juta em São Paulo", também produto de estudos e observações realizadas durante a viagem de 1918, e de experiências realizadas levadas a efeito em nosso meio.

O Conselheiro Antonio Prado em excursão pelos hortos , acompanhado do Dr. Edmundo Navarro de Andrade, Chefe do Serviço Florestal, por volta de 1918

Em 1921, iniciou a Companhia Paulista, por proposta do grande Engenheiro Francisco de Monlevade, os estudos para a eletrificação das suas linhas, e surgiu, então, a necessidade de postes. Como, nessa época, existiam poucos eucaliptos com sa dimensões requeridas para esse fim, foi realizada, com eucaliptos de 15 anos de idade, uma prova experimental, cotejando-o com a nossa essência clássica para postes - o guarantã.

Até então, o Dr. Monlevade descria completamente do valor do eucalipto, mas dizia sempre a Navarro que, no dia em que ele fosse capaz de lhe demonstrar que estava certo, daria a mão à palmatória.

Desse ensaio, realizado em Jundiaí, os eucaliptos sairam-se galhardamente, muito além da expectativa, pois, enquanto o guarantã, colocado no dinamômetro, partia-se com uma carga de 2790 Kg, o eucalipto tereticornis resistiu até 6517 Kk. Releva notar que o gurantã tinha 150 anos de idade, exatamente, portanto, 10 vezes mais idade que o eucalipto. A vitória foi tão estrondosa que o Dr. Monlevade, homem culto, nobre e sincero, daí por diante passou a ser grande defensor dos eucaliptos.

Foram, então, colocados nas linhas "trolley" da Companhia Paulista, do quilometro 4 ao quilometro 9203, postes de eucaliptos de 15 anos de idade, de várias espécies, cuja duração média foi de 10 anos, sem tratamento preservativo algum, sendo o último poste retirado com 20 anos e 10 meses de serviço.

Mais uma vez vêmo-lo de novo às voltas com os preparativos de outra viagem à Europa, ao mesmo tempo que providencia o acabamento de "O Reflorestamento do Brasil e a Companhia Paulista", publicado em 1922.

Vai então à França, entra pela Itália a dentro, ruma para a Grécia, para a Turquia, para a Palestina, visita o Cairo, e detém-se diante das pirâmides do Egito. Volta, pára em alguns pontos da Argélia, vai a Gibraltar e delá a Lisboa, onde toma o "Cap Polônio"para regressar ao Brasil.

Em todas estas viagens, a preocupação máxima de Navarro foi visitar plantações de eucaliptos, onde quer que elas existissem, por menores que fossem, inteirando-se de tudo o que pudesse se relacionar com a cultura da essência australiana.

"O Problema Florestal no Brasil" e "Café, Juta e Borracha" são outros dois trabalhos que Navarro publicou em 1923.

Convidade pelo Governo do Estado de São Paulo para fazer parte da Comissão Encarregada da Debelação da Broca do Café, em 1924, Navarro aceitou a incumbência, publicando nesse ano um Relatório da comissão Técnica sobre a broca do café, em colaboração com Artur Neiva e A. Costa Lims, e "Ilustrações para o Combate à Broca do Café", em colaboração com A. Neiva e A. Queiroz Telles. Os trabalhos da comissão continuaram a ser realizados em 1925, ano em que publicou, em colaboração com A. Neiva e A. Queiróz Telles, o folheto "A broca do Café".

Ainda nesse ano, volta pela terceira vez aos Estados Unidos, agora para estudar a possibilidade da fabricação de polpa para papel com madeira de eucalipto, pois já na Austrália haviam sido feitas experiências neste sentido, as quais foram abandonadas por julgarem as fibras muito curtas, ou, ainda, em virtude da textura ou cor da madeira.

Levou consigo 4 toras de eucalipto, duas de cada espécie (saligna e tereticornis) de árvores com 15 anos de idade, que ele próprio havia plantado. As respectivas experiências foram levadas a efeito no Forest Products Laboratory, em Madison, Wiscosin, com a colaboração de todos os cientistas daquela famosa Instituição, principalmente do seu amigo particular, R. N. Miller.

As experiências deram resultados muito satisfatórios, pois, contra a expectativa geral, foram fabricados diversos tipos de papel de boa qualidade. Um deles serviu para a impressào de uma parte da edição do "Wiscosin State Journal", de 30 de dezembro de 1925. O Museu do Horto de Rio Claro possui um exemplar dessa edição.

Seu segundo livro sobre impressões de viagem sai em 1927 e é uma reunião de artigos publicados no "O Estado de São Paulo" e em outros jornais do Brasil e ao qual Navarro deu o título de "Por aí Além".

A Sociedade de Aclimação de França lhe conferiu, em 1928, a Grande Medalha de St. Hilaire, como recompensa pelos seus trabalhos de silvicultura.

Outro livro de sua autoria é publicado ainda nesse ano. É "O Eucalipto e suas Aplicações".

Navarro foi, como vemos, não só um grande eucaliptólogo e eucaliptógrafo, mas, também, um estudioso de outros ramos da agricultura. Estudou e publicou trabalhos sobre o café, juta, borracha, entrando igualmente nos domínios da citricultura. Cultivou laranjeiras em Araras, onde possuía uma fazenda e publicou, em 1930, um volume sobre "Citricultura", dedicado à sua esposa, D. Angelita Navarro de Andrade, "que tão corajosamente me tem feito suportar 25 anos de mato"; em 1932, "A Relação acidez-açucares nas laranjas", e em 1933, "A Citricultura no Brasil"e "Manual de Citricultura".

Ocupou-se igualmente de assuntos entomológicos e a grande coleção de insetos que se encontra no Museu do Horto de Rio Claro atesta sobejamente o interesse que Navarro dispensou ao assunto.

Publicou sobre a matéria diversos trabalhos entre os quais "Contribuição para o Estudo da Entomologia Florestal Paulista", "Pesquisas sobre a Biologia da Mosca da Madeira", e "Praga dos Bambus".

Foi Secretário da Agricultura do Governo do Estado de São Paulo, na Interventoria João Alberto, desempenhando o cargo de fins de 1930 a junho de 1931. E em 1932 publicou um folheto de defesa contra críticas que lhe foram dirigidas por atos que praticou quando Secretário e ao qual deu o título de "A mentira Oficializada".

Juarez Távora teve na pessoa de Navarro um dos seus grandes auxiliares, na qualidade de Diretor Geral do Minstério da agricultura, quando, em 1933, foi Ministro daquela pasta. A serviço deste departamento federal, Navarro viajou pelo norte do Brasil, visitando em diversos Estados os serviços afetos `a sua Diretoria.

Era incrível a capacidade de trabalho deste homem. Apesar dos inúmeros encargos que tinha como Chefe do Serviç o Florestal da Companhia Paulista, foi homem público, citricultor, entomologista, Diretor da Companhia Florestal Fluminense, Diretor da Companhia Agrícola de Imigração e Colonização, Gerente da Fazenda Irondê, Presidente do Conselho Florestal do estado, Membro do Tribunal de Tarifas, exercendo ainda outros cargos.

E, contudo, ainda era um estudioso do vernáculo. Di-lo bem a correção com que escreveia. Atestam-no as críticas feitas em jornais (1924 e 1929), enfeixadas a que deu o título de "A Botânica e a Silvicultura no Dicionário de Cândido Figueiredo", publicado em 1936.

Já em 1934, o haviam levado para a Academia Paulista de Letras, indo ocupar a cadeira vaga com o falecimento de Adolfo Pinto seu ex-companheiro de trabalho na Paulista. A respectiva posse se verificou a 24 de outubro, sendo recebido pelo acad6emico Artur Mota, de cujo discurso extraímos estas palavras: "Quem dele se aproxima, sente-lhe a capacidade persuasiva de um apaixonado, a força de vontade intensiva, sem desfalecimento: a confiança que lhe inspiram o amor próprio e a firmeza das próprias convicções". E mais adiante: "Na formação do seu caráter encontram-se dois elementos prponderantes que se congregam, constituindo a sua fundação rsistente, para lhe assegurar a estabilidade. São a vontade e o orgulho".

Voltemos, porém, ao plantador de eucaliptos. Em 1935, Navarro instala para a Companhia Paulista o Horto de Córrego Rico, e, no ano seguinte, mais três: os de Ibitiúva, Brasília e São Carlos.

Publica, em 1936, em inglês, "Agricultural Resources", folheto de propaganda do Estado de São Paulo.

Faz, então, curta viagem ao Uruguai, em 1937, e no regresso funda mais dois hortos: o de Descalvado e o de Tapuia, aos quais seguiram-se o de Guarani e o de Aurora, em 1938. Ainda nesse ano publica o folheto "O Angico do Serrado".

Em 1939 ruma pela última vez à Europa e antes de regressar ao Brasil vai aos Estados Unidos. Na volta publica "O Eucalipto", seu último livro.

Ainda um outro Horto Navarro instala, em fins de 1940, e é este, também, o último dos 17 que fundou para a Paulista. É o de Aimorés, que, por sinal, é o maior dos hortos que possuiu aquela Companhia e onde existiu , a maior plantação de eucaliptos.

Em reconhecimento pelos seus extraordinários esforços na introdução e utilização do eucalipto no Brasil, o Conselho da Associação Genética Americana concedeu a Navarro a "Medalha Meyer", instituída para premiar os introdutores de plnatas exóticas, de fins econômicos, até então concedida 17 vezes, e apenas 4 para cientistas não norte-americanos, entre estes o nosso glorioso patrício.

A sessão solene para a entrega deste laurel tevelugar no dia 2 de junho de 1941, no Parque da Estação para Introdução de Plantas, em Maryland, tendo Navarro recebido a condecoração das mãos de Mr. B. Y. Morrison, da Diretoria daquela Associação.

Infeli"Esse laurel"- disse Otávio Domingues - "foi a coroação de uma vida e a distinção de uma classe".

Infelizmente, para a Pátria que lhe deve tanto e para a classe agronômica que tanto honrou, foi este como que o "canto do cisne" do emérito batalhador, pois a 1º de dezembro de 1941, veio a falecer o grande cientista, vitimado em consequência de uma operação a que se submeteu.

Desapareceu, assim, aos 60 anos de idade, a grande figura de EDMUNDO NAVARRO DE ANDRADE.









1918